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Anestesia em Pugs

Atualizado: 5 de mar. de 2021


Uma questão de conhecimento e confiança

POR DRA. DANIELA VAMPRÉ


A Medicina Veterinária, nos últimos tempos, avançou na modalidade anestésica em relação ao surgimento de novos fármacos, técnicas e equipamentos. Contudo, mesmo diante da tecnologia disponível, é imprescindível a presença de um profissional especializado na área Na hora de deixar a saúde dos animais aos cuidados de um profissional, a confiança é essencial. O anestesiologista é o responsável pela manutenção dos sinais vitais, como pressão arterial, batimentos cardíacos e a frequência respiratória, dentre outras funções do organismo.


Somente o anestesista é capaz de prevenir, diagnosticar e tratar as intercorrências que podem acontecer durante a anestesia, além de decidir qual técnica anestésica é mais segura de acordo com cada paciente e cada situação.


É seu papel, previamente à realização da intervenção cirúrgica, a realização de uma de-talhada avaliação pré-anestésica É de suma importância determinar o estado de saúde do animal, investigar doenças ocultas, definir o melhor protocolo anestésico e de analgesia para cada animal, variando de acordo com o peso, raça, faixa etária, patologia, tipo de cirurgia e tempo de duração da cirurgia.


Algumas raças, dentre elas os pugs, necessitam de maior atenção por parte dos anestesistas, pois pertencem a um grupo chamado de broquicefálicos (focinho achatado). Algumas particularidades anestésicas em relação a esse grupo devem-se a algumas alterações anatômicas como focinho curto que diminui o espaço de troca de ar nasal e aumenta a resistência do ar, podendo provocar o que chamamos de bronco espasmos e colapso de traquéia. A narina estenótica e palato mole alongado tornam a ventilação dificultosa com maiores riscos de obstrução das vias aéreas e podem levar a complicações.

Algumas medicações pré-anestésicas também são consideradas contra-indicadas para a raça por possuírem um maior índice de reação anafilática.

Devido à dificuldade de ventilação, o pós operatório imediato de pacientes da raça deve ser acompanhado de forma criteriosa e com vigilância constante, até que possam retornar a respirar o ar ambiente, ainda assim com oximetria de pulso para uma melhor segurança em relação a saturação (oxigenação)

Considerando o ato cirúrgico um momento delicado, torna-se fundamental uma interação entre o proprietário e o médico veterinário anestesiologista, que durante a avaliação pré-anestésica terá acesso tanto ao exame físico, quanto comportamental do paciente, recebendo informações que se tornarão extremamente importantes para a escolha adequada do protocolo anestésico que será utilizado. Informações como temperamento, idade, doenças prévias, medicações em uso, possíveis alergias, intervenções cirúrgicas anteriores, são de muito valor para o anestesista, que de acordo com a necessidade individual fará a solicitação de exames pré-anestésicos como exames de sangue, eletrocardiograma, ecocardiograma, para garantir uma maior tranquilidade durante o procedimento anestésico.

"Torna-se fundamental uma interação entre o proprietário e o médico veterinário anestesiologista."


Da mesma forma que o anestesista passará a conhecer melhor seu paciente.

O proprietário também poderá levar suas dúvidas e receios ao anestesista que estará apto a responder tais questões. Existem algumas dúvidas mais comuns, como tipo de anestesia empregada, tempo de recuperação, tempo de jejum, riscos anestésicos e outras que devem ser retiradas no momento da consulta pré-anestésica, estabelecendo assim um vínculo de confiança entre o proprietário e o anestesista



Fonte: Pug Times Magazine 2018



 
 
 

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